Quem está pensando em continuar os estudos no exterior, pode considerar a opção de fazer um mestrado na Argentina.
Perto geograficamente do Brasil, estudar no país vizinho tem muitos benefícios, principalmente os custos menores para os cursos de pós-graduação.
Além disso, o estudante pode aproveitar o período na Argentina para melhorar o seu espanhol e conquistar novas oportunidades de emprego no mercado latino-americano, inclusive com mais possibilidades de pesquisa.
Ficou interessado? Então veja as informações importantes que separamos!
Por que fazer um mestrado na Argentina?

Como dissemos na introdução, fazer um mestrado na Argentina tem muitos benefícios – e por isso mesmo esta tem sido uma opção cada vez mais procurada pelos brasileiros. Veja algumas vantagens.
Custo-benefício
A desvalorização do peso argentino frente ao real tem impulsionado as viagens à Argentina. Além disso, os cursos de pós-graduação no país vizinho também são mais baratos do que por aqui.
Para se ter uma ideia, no Brasil, um programa de mestrado custa em torno de 25 mil dólares. Já na Argentina, é possível encontrar ótimos cursos entre 11 e 14 mil dólares, com inclusão de taxas de tese e regularização de matrícula.
Espanhol
Falar mais do que uma língua é uma exigência no mercado, tanto empresarial como acadêmico. E fazendo um mestrado na Argentina você terá a oportunidade de melhorar muito tanto a sua fala, como a sua escrita, leitura e compreensão do idioma.
Afinal, terá de assistir as aulas, ler e escrever a sua tese em espanhol. Por isso, os programas de mestrado não são recomendáveis para quem não tem nenhuma noção da língua, mas sim para aquelas pessoas que já falam espanhol e desejam melhorar seus conhecimentos e sua fluência.
Qualidade de ensino
Muitas das universidades argentinas figuram nas listas das melhores do mundo, por isso um título de mestre por essas instituições de ensino tem um reconhecimento muito grande. Outra vantagem para quem pretende continuar os estudos, é entender melhor como funciona o mercado acadêmico latino-americano.
Flexibilidade
Algumas universidades argentinas possuem cursos de mestrado mais flexíveis, que podem ser feitos durante as férias, permitindo estudar e continuar trabalhando. Nesse caso, o estudante consegue cursar o programa de modo mais intensivo em janeiro ou julho, com oito horas por dia de aula.
Onde fazer mestrado na Argentina?
Depois de ler o tópico anterior, fazer uma pós-graduação na Argentina lhe parece mais atrativo? Pois saiba que existem muitas universidades interessantes no país vizinho.
Os programas mais procurados pelos brasileiros são para as áreas de direito, comunicação, arquitetura, filosofia e letras. Mas existem vagas para todas as áreas do saber.
As melhores universidades argentinas são:
- Universidad de Buenos Aires;
- Pontificia Universidad Católica Argentina;
- Universidad Nacional de Córdoba;
- Universidad Nacional de La Plata;
- Universidad Austral;
- Universidad Nacional de Rosário;
- Universidad Nacional de Cuyo;
- Universidad de Palermo;
- Universidad Nacional de San Martín;
- Universidade de San Andrés;
- Universidade del Salvador;
- Universidad Nacional de Quilmes;
- Universidad Nacional de Lanús;
- Universidad del Belgrano;
- UADE Business School.
É importante frisar que, na Argentina, mesmo as universidades públicas são pagas. Por isso, vale a pena buscar mais informações sobre os valores dos mestrados, para se programar corretamente.
Como fazer um mestrado na Argentina?
Uma das vantagens de fazer uma pós-graduação na Argentina é que muitos dos programas são bem mais simples que no Brasil. A maioria das universidades dispensa as provas e fazem, apenas, a análise do currículo e das notas da graduação.
Quer estudar na Argentina, mas não sabe como? Separamos algumas dicas importantes.
Encontre o seu programa
Antes de mais nada, é importante ter paciência. Pois, como você viu, existem muitas universidades de destaque na Argentina. Assim, separe um bom tempo para analisar quais dispõem dos programas que você deseja, como é a linha de pesquisa, o reconhecimento da instituição e, claro, a seleção dos alunos.
Você consegue essas informações diretamente no site das universidades, inclusive com editais de abertura das vagas dos programas. Algumas oferecem bolsas para os brasileiros (chamadas de becas), por isso também é importante conferir todas as informações disponíveis.
Entenda como funciona a pós-graduação na Argentina
Um erro que muitos brasileiros cometem é achar que o termo “maestría” é referente aos nossos programas de mestrado. Na verdade, na Argentina, é possível encontrar dois tipos de “maestrías”, que são:
- acadêmica: é semelhante ao nosso mestrado, exigindo uma tese final e sendo orientado para a investigação científica;
- profissional: é semelhante aos nossos cursos de especialização.
Em alguns casos, é permitido que os graduados partam direto para o doutorado. Isso acontece porque, na Argentina, muitos cursos de graduação têm duração de 5 anos, sendo mais completos do que alguns do Brasil.
Na Argentina o semestre letivo é semelhante ao nosso, ou seja, o primeiro semestre tem início em fevereiro e termina em junho ou julho e o segundo semestre começa em julho ou agosto e termina em dezembro.
Separe a documentação
Fazer um mestrado no exterior sempre exige um cuidado extra com a documentação. Novamente, é importante entrar em contato com o setor de “alunos estrangeiros” na universidade que você deseja pleitear a vaga e se informar sobre os documentos necessários.
Os mais usuais são:
- histórico e certificado de conclusão da graduação apostilado no Brasil e pelo Ministério da Educação da Argentina;
- RG ou passaporte;
- certificado de nível de espanhol (garantindo que você conseguirá acompanhar as aulas).
Quando já estiver em solo argentino, terá que conferir com a embaixada os trâmites para solicitar a residência e ter um pouco de paciência, já que isso poderá demorar um pouco mais.
Pense no custo de vida na Argentina
Um mestrado, geralmente, tem duração de 2 anos. Por isso é importante que o estudante se prepare para viver no país nesse período, inclusive em termos financeiros.
Ainda que o câmbio favoreça os brasileiros, é essencial ter uma reserva financeira, ao menos para bancar alguns meses da mensalidade do mestrado.
Lembre-se, ainda, que nem sempre será fácil trabalhar e conciliar os estudos, principalmente devido aos horários das aulas. Assim como no Brasil, morar na capital é mais caro do que no interior.
Dê entrada no visto
Para estudar na Argentina, o brasileiro não precisa ter visto. Mas graças à alta demanda, o governo de lá solicita a emissão do DNI, Documento Nacional de Identidade.
Quem quiser solicitar o documento, a dica é fazer o processo quando já estiver na Argentina, no setor de Migraciones. O agendamento pode ser feito diretamente pelo site. Na data marcada, apresente a documentação exigida e pronto. Você já poderá residir legalmente no país pelos próximos anos para concluir seus estudos.
O mestrado argentino é válido no Brasil?
Se a ideia é fazer o mestrado na Argentina e depois retornar ao Brasil para procurar vagas de emprego ou até cursar um doutorado, lembre-se que você terá de validar o diploma.
Normalmente, esse procedimento é feito via universidades brasileiras, que podem ser públicas ou privadas. Para isso será preciso apresentar:
- cópia do diploma;
- cópia do histórico escolar com as disciplinas e atividades cursadas;
- projeto pedagógico ou organização curricular do curso;
- nominata e titulação do corpo docente;
- informações institucionais;
- reportagens, artigos ou documentos indicativos da reputação e da qualidade dos serviços prestados pela instituição;
- exemplar da tese ou dissertação com registro de aprovação da banca examinadora;
- descrição resumida das atividades de pesquisa realizadas;
- resultados das avaliações externas do curso ou programa de pós graduação.
Para ajudar os estudantes, o MEC lançou a plataforma Carolina Bori com todas as informações mais importantes para a validação do mestrado feito no exterior.
Como você viu, fazer um mestrado na Argentina é uma ótima possibilidade de conhecer outro país, ter uma experiência internacional, adquirir fluência no espanhol e ainda ser introduzido ao mercado de pesquisa latino-americano.
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