Após concluir a graduação, é normal que muitos profissionais busquem continuar se especializando, principalmente devido à exigência do mercado de trabalho. Uma das principais motivações para quem deseja investir no mestrado é o salário, que pode aumentar entre 20 e até 100%, dependendo da área.
Porém, é preciso entender que, nem sempre, um mestrado será útil na área empresarial, já que muitos dos cursos são voltados para desenvolver pesquisadores. Por isso, entender as suas necessidades e escolher corretamente o tipo de mestrado é fundamental.
Na área de educação, o título também é importante, mas muitos professores têm dúvidas se realmente vale à pena investir em um mestrado em educação. Este é o seu caso? Então continue a leitura!
Mestrado profissional ou mestrado acadêmico: entenda as diferenças

Como dissemos no início deste conteúdo, entender o que você deseja com o seu mestrado é algo extremamente importante, assim você poderá definir o tipo que mais lhe trará resultados – e, claro, a instituição mais adequada.
Hoje é possível encontrar dois tipos de mestrados: o profissional e o acadêmico. O primeiro é voltado principalmente para o mercado de trabalho e é recomendado para quem deseja aprofundar seus conhecimentos teóricos em determinada área da educação e só foi regulamentado pela Capes em 2009.
O mestrado acadêmico é o mais conhecido e tem como foco principal a pesquisa acadêmica, sendo o preferido por aqueles que desejam seguir na carreira de docente universitário ou pesquisador. Ao fim do curso, o aluno deverá produzir uma tese que será apresentada a uma banca.
Na área da educação, ambos os mestrados são interessantes, sendo que tudo depende dos seus objetivos. Se você sonha em se tornar docente universitário, o mestrado acadêmico é a porta de entrada, e pode fazer com que o valor da sua hora aula aumente bastante.
Já para quem atua na rede particular, ou deseja continuar trabalhando com crianças e jovens, por exemplo, o mestrado profissional pode ser o mais indicado, tornando você um especialista em determinada área (como na educação especial, por exemplo), refletindo também em um valor mais alto da sua hora aula.
Hoje, é possível até mesmo encontrar programas de mestrado profissional exclusivos para quem já atua como professor, oferecidas pela Capes e voltados exclusivamente para os professores da rede pública e básica de ensino.
Onde fazer Mestrado em Educação?
Agora que você já entendeu as principais diferenças entre o mestrado profissional e o acadêmico pode estar se questionando sobre as melhores universidades para a sua pós-graduação, não é mesmo?
Pois saiba que esta não é uma resposta tão simples. Afinal, tudo depende da sua área de interesse. Existem inúmeros programas de mestrado em educação no país, tanto oferecidos por universidades públicas, como privadas, sendo alguns mais indicados do que outros, dependendo da preferência da sua área de estudo.
Uma boa dica, contudo, é sempre buscar orientação junto a Capes, que é o órgão regularizador dos mestrados e doutorados no país. No site deles, você consegue encontrar os cursos recomendados e reconhecidos, tendo a certeza de que, ao final do seu curso, você receberá o título de mestre.
Os programas de mestrado em educação com nota 7 (a maior nota da Capes) são oferecidos pela: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade do Vale do Rio Sinos (Unisinos) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Já os com nota 6 são oferecidos pela: PUC São Paulo, PUC Rio de Janeiro, PUC Rio Grande do Sul, USP, UFSCar e UFRGS. A partir da nota 5, os programas são considerados de excelência – e o ideal é que o seu escolhido tenha, no mínimo, nota 3.
No total, existem mais de 170 programas de mestrado em educação regularizados e reconhecidos pela Capes – e cada um deles pode ser mais ou menos interessante dependendo da sua realidade.
Qual a duração do mestrado em educação e como é o curso?

Geralmente os programas de mestrado acadêmico têm duração de dois anos, mas pode ser estendido até dois anos e meio, sendo que, na maioria das vezes, no primeiro ano os estudantes terão aulas e no segundo se dedicarão basicamente à confecção da tese de mestrado.
O processo seletivo poderá variar de universidade para universidade, sendo que geralmente é solicitado um pré-projeto para os participantes, que também podem ser analisados de acordo com o currículo lattes, número de publicações sobre o assunto e reconhecimento acadêmico.
Os custos do mestrado acadêmico também podem ser variáveis. Os programas oferecidos pelas universidades estaduais e federais são gratuitos e, em alguns casos, os estudantes podem ganhar bolsas de órgão de pesquisa para conseguirem se dedicar exclusivamente à sua tese. Já as universidades privadas cobram a mensalidade do mestrado, mas estes alunos também podem pleitear as bolsas de pesquisa.
No mestrado profissional, o tempo de duração também costuma ser de dois anos a dois anos e meio, sendo que o processo de seleção poderá ser diferente, já que não existe a obrigatoriedade de um projeto de pesquisa – e o currículo profissional poderá contar mais para a admissão.
Ao concluir o mestrado profissional, o estudante também receberá o título de mestre e poderá ingressar na carreira de professor universitário, caso assim deseje, além de atuar em outros ramos da educação.
Como é o mercado de trabalho para os mestres em educação?
Há algum tempo ser mestre era apenas sinônimo de atuar como pesquisador ou professor universitário. Hoje, essa realidade está um pouco diferente. De acordo com um estudo feito pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, o número de mestres na iniciativa privada subiu de 17%, em 1996, para 25% em 2009.
Assim, se você deseja trabalhar na área da educação, mas não necessariamente como professor, o mestrado continua sendo uma ferramenta importante, abrindo outras possibilidades de atuação, como nas secretarias de educação, no planejamento estratégico e até como diretor de escola.
Para quem pensa em investir nos concursos públicos, a titularidade de mestre também pode ser importante, já que conta pontos extras em vários editais, permitindo que você se classifique muito melhor do que os candidatos que apenas têm a graduação.
Agora, se você pensa em se dedicar ao ramo da pesquisa ou atuar como professor universitário, o mestrado é apenas o primeiro passo neste sentido, sendo, muitas vezes, recomendado o doutorado e até a livre docência. Estes títulos farão com que você consiga postos mais interessantes e valores de hora-aula muito mais atrativos, podendo se tornar pesquisador fixo de alguma universidade pública ou particular.
Conclusão
Como você pode notar, investir em um mestrado em educação é algo extremamente importante e capaz de lhe abrir muitas portas, não apenas atuando como professor, mas também como pesquisador ou em outros setores da educação.
Além de todo o aprendizado, ter o título de mestre também pode lhe ajudar a ter uma valorização profissional, conseguindo receber mais por hora/aula e até obter cargos mais interessantes.